A Flor Vai Ver o Mar
Do campo para o mar!
Assim, se faz ao caminho a personagem do espetáculo. Sem contudo deixar de trabalhar de sol a sol, sem perder as raízes. Entre canções e poemas trata dos animais, cultiva a terra, e vai… ver o mar!
O espetáculo aborda uma obra essencial da literatura portuguesa, escrita por Alves Redol, com bebés. Um Poema, versos, palavras soltas que ficam guardadas para usar quando for grande. Ideias, imagens e emoções são agora essenciais para se entender a si e ao mundo.
A poesia tem esta extraordinária característica de provocar os sentidos e os pensamentos na procura de significados, muitas vezes, pouco ou nada lineares. Assim, a intenção não é tanto contar uma história mas, antes, proporcionar espaço suficiente para que cada um possa criar as suas próprias interpretações.
A poesia é também feita sonoridades, e assim mesmo pode ser percepcionada pelos bebés: som-voz, som-falado; som-cantado, som-silêncio. Nesta medida, a música tradicional interpretada ao vivo estende a dimensão sonora do espetáculo, explorando outras formas de dizer as palavras.
O texto de Alves Redol interessa e envolve as crianças pequenas, pelas situações insólitas em que coloca as personagens, pela musicalidade como utiliza a palavra, incentivando uma aproximação lúdica ao texto e à literatura. O conceito deste novo espetáculo integra pela primeira vez a projecção de imagem, nomeadamente, de imagem em movimento, originando outras dinâmicas, outros fluxos, explorando as possibilidades de contracena e comunicação.