Teatro para bebés
Babel é o terceiro espetáculo para bebés criado pelo Teatro do Elefante, desta feita em coprodução com o Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida – Câmara Municipal de Montijo. A mistura de vários dialetos, sem predominâncias e pensando num mundo multilingue e multicultural, dá origem a uma língua-babel, imensamente diversa e cheia de sentidos e significados.
Pode entrar-se em Babel de olhos fechados.
Chegar a Babel é fazer-se língua e corpo comunicante.
Em Babel há vida, há gente e, há gesto.
Babel é cosmopolita feita de pulsar rural. Ouvem-se os sons e as vozes, falares antigos que se misturam com os de agora.
Babel não tem cheiro, antes tem odores. Sentimos os outros e a nós próprios, porque o teatro aproxima.
Em Babel podemos perder-nos nos risos dos outros…para nos encontrarmos, mais tarde, no nosso próprio sorriso, sem medos.
Babel é seguir pé ante pé pela raiz de uma árvore, subir cada degrau devagar e só parar lá em cima, no ponto onde se avista o mundo todo.
Em Babel ouvimos e fazemo-nos ouvir, mistura de sabores sonoros vindos de perto e de longe.
Babel conta as estórias dos viajantes, segredos escondidos dentro dos seus corpos-casa, lugares de eterno retorno. Histórias escritas na palma da mão, caderno de linhas a lembrar a folha de uma árvore. Mão-mistério contadora de histórias.
Babel, jardim suspenso da imaginação.
Babel é teatro, novo e único.
Babel não existe, constrói-se.
Em Babel, a voz – nas formas falada e cantada -, tal como o corpo – através do gesto, do movimento, da língua gestual – ou a música – através de sonoridades recriadas de tempos antigos – interpenetram-se. Sublinham o carácter transdisciplinar deste projeto.
Babel é escrito a partir de canções e histórias de várias culturas, propondo não a conjugação deste material mas, antes, a sua reinterpretação e reescrita.
Acreditando que o teatro é, pela sua natureza, uma área de congregação de esforços e criatividades diversas, Babel é um espetáculo–circuito, que assume o não-contar da história, mas antes apelar à construção de várias estórias, propondo uma nova dramaturgia do espetador. Criado a pensar nos bebés e nos adultos que os acompanham, que os pensam e os sentem, toma como ponto de partida apenas tudo o que já existe.
Ficha artística e técnica
Autoria e Encenação | Rita Sales
Dramaturgia e Direção de Atores | Fernando Casaca
Interpretação | Rita Sales, Inês Mares e João Leonardo
Promoção e comunicação | Rita Sales e Marlene Aldeia
Sonoridades | João Leonardo e Inês Mares
Espaço Cénico | Fernando Casaca
Figurinos | Rita Sales
Língua Gestual Portuguesa | Sónia Mota
Danças do Mundo | PédeXumbo
Fotografia | Pedro Soares
Vídeo | Gonçalo Sousa
Costura | Lourdes Mares, Rosa Batista e Salomé Sales Mourão
Co-produção Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida
Agradecimentos | Divadlo Maskaron, República Checa | The Heart of the Dragon, País de Gales | Toc de Retruc, Catalunha
27 setembro 2009| Auditório Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, Moita | integrado no programa ‘De Pequenino’
20 setembro 2009 | Fórum Municipal de Alcochete | integrado no ‘XXS – Programa de Promoção Cultural para Bebés e Crianças’
4 julho 2009 | Newcastle Emlyn, País de Gales | integrado no ‘Heart of the Dragon Festival’
23 maio 2009 | Cine-Teatro dos Bombeiros, Loures | integrado no ‘Teatrartes’
18 abril 2009 | Cine Teatro S. Pedro, Abrantes
8 fevereiro 2009 | Auditório Municipal Augusto Cabrita, Barreiro | integrado no ‘AMAC Júnior’
29 novembro 2008 | Biblioteca Municipal Gustavo de Bivar Pinto Lopes, Torres Novas
ESTREIA | 12 novembro 2008 | Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida, Montijo