Fernão Balão

Ficha Artística e Técnica
Atores | Rita Sales | Fernando Casaca | Inês Mares | Cláudia Pires | João Costa
Operação de som e luz | Fernando Casaca
Figurinos | Rita Sales
Cenografia | Fernando Casaca
Dramaturgia e Encenação | Fernando Casaca
Promoção e Comunicação | Rita Sales | Marlene Aldeia
Fernão Mendes Pinto foi um daqueles portugueses que, no século XVII, se aventuraram pelo mundo através dos mares indo muito além do universo conhecido, no seu tempo. Todavia, não acabou no anonimato como muitos dos seus contemporâneos. Pelo contrário, deixou-nos impresso um conjunto de relatos das suas viagens e das aventuras por que passou, a que terá acrescentado, por excesso, algumas das suas fantasias e sonhos fantásticos.
A sua obra, a que chamou Peregrinação, dá o mote a este espectáculo de teatro de rua, com o título de Fernão Balalão, cuja proposta de encenação junta actores, músicos, máscaras e máquinas de cena, num resultado de carácter multidisciplinar e total. Total e errante como as aventuras de Fernão Mendes, o espectáculo interioriza o percurso atribulado vivido pelo autor dos relatos. Um percurso que Mendes Pinto realizou por terras do Extremo Oriente durante muitos anos em que confraternizou com diversas culturas, alcançando grandes e diferentes distâncias, lugares ou geografias.
Símbolos e metáforas constituem a face visível desta leitura teatralizada do texto original. A recriação e a reconstituição de ambientes, dois dos elementos presentes e mais significativos nos critérios da encenação, resultam igualmente de um documentado exercício de dramaturgia que antecedeu a produção de Fernão Balalão.
As viagens, quer em terra quer nos mares “instalados” nas ruas ou em praças públicas, assim como os naufrágios, as lutas ou as fugas à morte certa, fazem parte da narrativa que se desenvolve em quadros de rua, que se desenrolam, ora em movimento desfilando pelas artérias das cidades, ora em máquinas de cena-cenários erigidos em pontos centrais dos largos e praças.